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terça-feira, 28 de março de 2017

"Tarde do Bem" - Um apoio à mulheres com Câncer de mama


Helen Nunes, Eliane Brito(a morenaça), Nilda e Jaciara - Respectivamete
Na tarde de hoje (26.03.17) mas precisamente  no auditório da Secretaria Municipal de Saúde de Guarabira, situado no Bairro Novo, presenciamos o encontro "Tarde do Bem", realizado pelos projetos "Mãos que Ajudam" e "Auto Estima na Quimioterapia".

O projeto "Mãos que Ajudam", fundado e encabeçado pelas guerreiras Jaciara Almeida Oliveira e Josenilda  Rodrigues foi lançado hoje, objetivando unir forças, para ajudar as mulheres diagnosticadas com câncer.

No evento, foi posto em ação palestras, brindes, depoimentos e um lanche oferecido para as participantes, bem como, a oficina de turbantes, feita com Helen Nunes, do blog Auto Estima na Quimioterapia.

A solidariedade foi marca expressiva, evidenciado na confecção de turbantes para as mulheres em tratamento quimioterápico do Hospital Napoleão Laureano de João Pessoa.

O ponto forte se deu, mediante emocionantes depoimentos, onde algumas mulheres tiveram espaço para falar um pouco de suas histórias, a saber: Joseane Targino(contadora), Alcidema Santos, Jaciara Almeida, jornalista, Helen Nunes e Josenilda Rodrigues, cuja história, principiada aos 22 anos, acabou por resultar na fundação de uma rede de solidariedade, direcionada as mulheres que sofre com a doença.

Alcidema destacou, além da gravidade do seu câncer, a importância de acreditar e ter fé em Deus. Já Jaciara, salientou a presença da doença na família há algumas décadas, a partir de sua mãe e agora ela em tratamento. Nos trouxe ainda algumas estatísticas concernente ao câncer de mama.


A Morenaça , Eu e Helen Nuns - respectivamente
Helen Nunes, por sua vez, em seu rápido depoimento,  nos falou um pouco de sua luta e tratamento. Fez mastectomia (cirurgia de remoção completa da mama - no caso dela, de uma mama). Teceu seus agradecimentos, destacando a relevância do apoio por parte dos familiares, cônjuges e amigos. E explicou que as mulheres, à despeito dos efeitos do tratamento, podem sim, continuar se cuidando e caprichando na aparência, fazendo uso de lenços, turbantes, maquiagens, enfim; explorar acessórios femininos, trabalhando assim, a satisfação e o contentamento pessoal, que é a auto estima. Ressaltou ainda, que está há um ano sem precisar fazer quimioterapia, o que é uma grande vitória. Ela é  fundadora da página "Auto Estima na Quimioterapia". Por onde passa contagia a todos, transbordando e transmitindo fé, esperança e alegria.

Para quem não sabe, Helen Nunes tem desempenhado um frutífero trabalho de apoio aos pacientes em tratamento de câncer no Hospital Napoleão Laureano em João Pessoa - PB. Sempre ladeada de suas companheiras Jaciara Almeida Oliveira, Nilda Girassol e Eliane Brito(a morenaça) a quem chama de "As Mosqueteiras". São mulheres guerreiras, que estão na árdua luta contra o câncer, e de forma louvável e vitoriosa, ajudam outras na superação de seus dilemas.


Alcidema, Franciany, Isabel e Jaciara - Respectivamente
A técnica em Radiologia que atua no setor de mamografia do Hospital Regional de Guarabira, Franciany Alves, esteve presente no evento. Focou sua fala sobre o câncer de mama e evoluções no diagnóstico em mamografia. Relatou, também, a viagem a São Paulo, onde conheceu o Hospital de Câncer de Barretos, referência no diagnóstico e tratamento.




Projetos "Mãos que Ajudam" e "Auto Estima na Quimioterapia" - Parabéns!!
Este, foi o primeiro de muitos encontros que virão, cuja finalidade é o apoio em todos aspectos a quem enfrenta a doença. 

O blog "Encarando o Linfoma", parabeniza essas guerreiras pela brilhante iniciativa.

Mulheres de fé, anjos da solidariedade, militantes de causa nobre, agentes de boa semeadura!... Sigam em frente. Vocês são mais que vitoriosas. 


A todas vocês, dedico a frase de Juahres Alvez: "Quando há fraternidade, o amor é sereno; quando há solidariedade, o amor é ativo, e quando há caridade, o amor é vivo".

                                                  Grato a Deus pela vida de todas
                                        "Só somos fortes, mas juntos somos imbatíveis".

Helen no ensino e confecção de turbantes, entre outros.

Jaciara Almeida, uma das fundadoras do projeto "Mãos que Ajudam".

Eu, Lena e Nicolly - Esposa e Filha no evento: "Tarde do Bem" - Foi um prazer!


                                                   

quarta-feira, 1 de março de 2017

O dia em que fiquei carequinha

Um dos efeitos colaterais considerados mais temidos da quimioterapia é sem sombra de dúvidas a queda de cabelo. É a pior parte. Muitas pessoas que passam pela quimioterapia podem se sentir com raiva, depressão e com vergonha. Por mais que você esteja bem resolvido psicologicamente, é impossível, uma hora ou outra, não ser assaltado por tais sentimentos quando o tal efeito passa a evidenciar-se. Apesar de saber que o mesmo voltará a crescer pós tratamento, é um tanto assustador, principalmente, para as mulheres, pois é algo que está relacionado com sua identidade. 

Não obstante, há homens que são bastante vaidosos com os cabelos, e eu sou um dos tais. Sempre gostei de curtir cortes e penteados modernos. Sempre valorizei esse importante constituinte da boa aparência. Sou do tipo que não abro mão de secador, gel, pomada, cera, spray etc. Por isso, fiquei um tanto mexido quando meus cabelos começaram a cair dezesseis dias pós primeira quimio. Se no caso da mulher os cabelos fala de sua identidade, arrisco dizer, que a relação é a mesma em se tratando de homens vaidosos que cuida e zela pela aparência. Em todo caso, que se vá o cabelo e junto com ele a doença - frase da esposa.

Bem, confesso que demorei alguns dias para passar a máquina e ficar carequinha. Minha ideia, era adiar o máximo possível. Enquanto tivesse cabelo para pentear, lá estava eu resistindo a imposição circunstancial do momento... Mas os dias se passaram, até que um dia, tomando banho, aquele punhado de cabelo molhado me cai pelo rosto. Fiquei triste nesse dia. Além do mais, sentia também o couro cabeludo arder. Resolvi pelar. 

O fato se deu no salão mais sofisticado, luxuoso e comodo da cidade. Salão Visual. Não é exagero da minha parte. A bem da verdade, é a realidade. O proprietário é meu cunhado - José Diniz, mais conhecido como Diniz. Um cabeleireiro de mão cheia. Um verdadeiro "mãos de tesoura". Você acha que estou exagerando? Senta então na cadeira poltrona do Diniz, escolha o corte e aguarde o resultado. Certamente, você comprovará que talento, competência e profissionalismo é sinônimo de brilhantismo de um brilhante profissional. Pura realidade. 

Voltemos ao fato que ocorreu numa Quinta-Feira, 16 de Fevereiro de 2017. Era noite. Próximo das 22;00 horas. Não havia mais cliente no salão. Iríamos iniciar a "sessão zero" - rsrsrs. Os amigos Beguim e Jean, numa demonstração de apoio e solidariedade, participaram ativamente de tudo. Meu cunhado deu as instruções de como usar a máquina. Minha esposa registrava, filmando e fotografando. Não houve peso, tristeza, lágrimas, lamento. Muito pelo contrário. Brincamos de cabeleireiros. Brincamos de ficar carecas. Brincamos, risadas, gargalhadas... Curtimos o ambiente, o momento, o ar condicionado, o som da música da TV Smart pelo Youtube. Curtimos a pipoca da cunhada pipoqueira Eliane - rsrs. Curtimos o espírito fraterno, o gostinho de mais uma etapa superada e vencida. Eles, representando outros tantos, que de outra forma, também nos apoiaram, fizeram essa experiência ser descontraída, leve e suave - esposa, cunhado e amigos. O dia em que fiquei carequinha, eles(Jean e Beguim), também ficaram. Rasparam suas cabeças juntos comigo. Foi um dia de superação, aceitação, lição. Ninguém faz nada sozinho, chega a lugar nenhum sozinho, vence sozinho. 

Admito, os dois primeiros dias quando passava as mãos na cabeça careca, lembrava do seguinte: "estou com câncer". Depois tratei de trabalhar essa mentalidade. Agora o pensamento é diferente. Penso: "estou vencendo o câncer". Ganhei um boné e um gorro, mas acredite, dificilmente faço uso deles. Aprendi a conviver bem com minha carequinha. Minha filha Nicolly de 3 anos, diz que sou o carequinha dela rsrs - "meu carequinha", assim ela fala.

Lena, Diniz, Beguim, Jean - estamos nos trilhos da vitória! "É parte da cura o desejo de ser curado".

Segue o vídeo sobre o referido dia:


"Só somos fortes, mas juntos somos imbatíveis".